João Campos já pressiona por Alckmin na vice de Lula em 2026: "temos que reeditar a aliança vencedora de 2022"
Prestes a assumir presidência do partido, prefeito do Recife percorre estados e defende manutenção da chapa Lula-Alckmin
247 - A menos de um mês de tomar posse como presidente nacional do PSB, o prefeito do Recife, João Campos, intensifica movimentações políticas para fortalecer a legenda nas eleições de 2026. Segundo reportagem do jornal O Globo, Campos tem percorrido estados estratégicos e consolidado o apoio de lideranças locais, ao mesmo tempo em que reforça publicamente a defesa da permanência de Geraldo Alckmin (PSB) como vice na chapa de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Campos tem articulado a ampliação das bancadas do PSB na Câmara dos Deputados e no Senado. Na projeção do partido, o número de deputados pode saltar de 14 para 25 no próximo pleito. No Senado, a aposta está nos atuais governadores Renato Casagrande (ES) e João Azevêdo (PB), cujos mandatos se encerram em 2026. O terceiro governador da legenda, Carlos Brandão (MA), ainda não definiu seus próximos os.
No diagnóstico de lideranças socialistas, siglas de porte médio que compartilham o mesmo eleitorado do PSB devem perder espaço em 2026, o que poderia favorecer a legenda no cenário pós-eleitoral. Com a cláusula de barreira pressionando partidos menores, Campos vislumbra o PSB como a principal força sobrevivente fora da polarização entre PT e PL, e distante do campo do Centrão.
Em sua recente ofensiva política, Campos esteve em São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Paraíba e Espírito Santo. No estado mineiro, ele atuou diretamente para emplacar Otacilinho, prefeito de Conceição do Mato Dentro, como novo presidente do diretório estadual. Em outros estados, o partido está sob liderança de nomes influentes, como os governadores Casagrande (ES) e Azevêdo (PB), o senador Cid Gomes (CE) e Caio França (SP), herdeiro político de Márcio França, atual ministro do Empreendedorismo.
Em diversas ocasiões, Campos tem reiterado a importância da manutenção de Alckmin como vice de Lula em 2026. Para o prefeito recifense, a recondução de Alckmin à vice-presidência se justifica por três razões principais. "O primeiro é o próprio candidato. O Alckmin em si já é um ativo, o trabalho dele fala por ele. Em segundo, temos que reeditar a aliança vencedora de 2022, e Alckmin foi fundamental para isso. Por fim, é uma costura já feita: não estamos pedindo nada de novo, apenas a continuação", afirmou João Campos.
Além da liderança nacional do PSB, Campos também se prepara para uma possível candidatura ao governo de Pernambuco — cargo que já foi ocupado por seu pai, Eduardo Campos, e por seu bisavô, Miguel Arraes. A movimentação no estado ganhou novo contorno após a atual governadora, Raquel Lyra, ter trocado o PSDB pelo PSD com o intuito de estreitar laços com Lula.
No campo petista, há quem defenda que o presidente mantenha um duplo palanque em Pernambuco, evitando exclusividade no apoio à campanha de João Campos. Mesmo assim, o prefeito segue em vantagem: pesquisa Quaest realizada em fevereiro indicou que ele teria 56% das intenções de voto contra 28% de Raquel Lyra — apesar de a governadora contar com 51% de aprovação em sua gestão.
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