window.dataLayer = window.dataLayer || []; window.dataLayer.push({ 'event': 'author_view', 'author': 'Luis Mauro Filho', 'page_url': '/mundo/porta-voz-chines-condena-pressoes-dos-eua-sobre-o-panama-e-defende-neutralidade-do-canal' });
HOME > Mundo

Porta-voz chinês condena pressões dos EUA sobre o Panamá e defende neutralidade do canal

Lin Jian, da chancelaria chinesa, afirmou que tentativa dos EUA de interferir no controle do canal fere a neutralidade e interesses legítimos do Panamá

Uma vista aérea mostra navios de carga atracados no Porto de Balboa, operado pela Panama Ports Company, no Canal do Panamá, na Cidade do Panamá, Panamá, em 1º de fevereiro de 2025 (Foto: REUTERS/Enea Lebrun)
Luis Mauro Filho avatar
Conteúdo postado por:

247 - A China reiterou seu respaldo à soberania do Panamá e criticou veladamente as pressões dos Estados Unidos sobre o país centro-americano. O pronunciamento foi feito nesta quarta-feira (11) pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, durante coletiva diária com a imprensa em Pequim.

As declarações de Lin foram uma resposta direta às preocupações manifestadas pela chefe da Autoridade do Canal do Panamá a respeito da venda de ativos da CK Hutchison, gigante de infraestrutura com sede em Hong Kong. Segundo ela, o atual desenho do negócio poderia gerar concentração de mercado e prejudicar a competitividade panamenha, além de comprometer a neutralidade da via interoceânica. Ela também afirmou ter recusado um pedido dos Estados Unidos para permitir a agem gratuita de embarcações militares norte-americanas pelo canal, decisão que sinaliza resistência a ingerências externas.

Crítica à coerção econômica e defesa da neutralidade

Lin Jian enfatizou que "a China sempre se opôs firmemente à coerção econômica e às práticas hegemônicas e de intimidação". Ao abordar a venda de ativos da CK Hutchison no exterior, ele afirmou que as autoridades chinesas responsáveis já se pronunciaram em ocasiões anteriores, reforçando a legalidade e autonomia das decisões empresariais, desde que respeitem as normas locais e não comprometam os interesses nacionais.

O porta-voz chinês também assegurou que o país respeita a soberania do Panamá sobre o canal e reafirma seu compromisso com o reconhecimento do canal como "uma via navegável internacional permanentemente neutra". Essa posição representa um contraponto direto à histórica tentativa de influência dos Estados Unidos sobre a região, especialmente em um momento de crescente disputa geopolítica por rotas estratégicas de comércio.

Panamá como ator soberano no tabuleiro geopolítico

Ainda em maio, Lin desmentiu notícias de que a CK Hutchison teria recebido aval para vender ativos portuários globais, exceto os localizados nas imediações do Canal do Panamá. Ele reiterou que "o governo chinês continuará a defender resolutamente a soberania nacional, a segurança e os interesses de desenvolvimento da China de acordo com a lei", pontuando que atividades comerciais devem respeitar a legislação e não violar os interesses do Estado.

O episódio evidencia o acirramento da disputa por influência nas Américas, com Washington tentando conter a expansão de empresas chinesas em pontos estratégicos, como o Canal do Panamá. A recusa do governo panamenho ao pedido norte-americano reforça seu desejo de preservar a neutralidade da rota, essencial ao comércio global. Ao mesmo tempo, a China procura se consolidar como parceira confiável de países que enfrentam pressões externas, defendendo, como neste caso, o princípio da não intervenção.

❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

Rumo ao tri: Brasil 247 concorre ao Prêmio iBest 2025 e jornalistas da equipe também disputam categorias

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Cortes 247

Relacionados

Carregando anúncios...
Carregando anúncios...