Israel proíbe Marcha para Gaza e ameaça com novas ações repressivas

247 - O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, ordenou nesta quarta-feira (11) o bloqueio de um comboio terrestre de ajuda humanitária que partiu da Tunísia rumo à Faixa de Gaza. A informação foi divulgada pela emissora iraniana HispanTV, que acompanha de perto as mobilizações em solidariedade ao povo palestino. O comboio, formado por milhares de voluntários de países do Norte da África, levava mantimentos e reivindicava o fim do cerco israelense e do genocídio em curso no território palestino.

“Espero que as autoridades egípcias os impeçam de chegar à fronteira Egito-Gaza”, declarou Katz em nota oficial, classificando a iniciativa como uma “provocação”. O ministro israelense também afirmou que os membros da caravana representariam “um perigo para o Egito” e uma “ameaça para os países árabes da região”.

A caravana humanitária conta com participantes da Tunísia, Marrocos, Argélia, Líbia e Egito, incluindo sindicalistas, lideranças políticas, ativistas de direitos humanos, atletas, advogados, médicos, jornalistas e jovens organizados em coletivos sociais. A mobilização busca romper simbolicamente — e, se possível, materialmente — o bloqueio imposto por Israel sobre Gaza desde 2007, que se agravou drasticamente após os bombardeios iniciados em outubro de 2023.

Esta não é a primeira vez que Katz age para impedir a chegada de ajuda humanitária à região. Dias atrás, o ministro ordenou o bloqueio da Flotilha da Liberdade, que seguia por mar em direção à Faixa de Gaza. O principal navio do grupo, o Madleen, foi interceptado por forças navais israelenses, que prenderam seus tripulantes e os deportaram.

Apesar da ordem israelense, os integrantes da caravana terrestre mantêm seu deslocamento com o objetivo de alcançar a fronteira egípcia, enquanto a pressão internacional aumenta para que o Egito permita a agem dos veículos rumo ao território palestino sitiado.