Gleisi: Bolsonaro não conseguiu enfrentar as provas materiais contra ele
Segundo a ministra, o ex-presidente optou pelo discurso político e não rebateu acusações sobre golpe
247 - A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), avaliou nesta quarta-feira (11) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não conseguiu enfrentar as provas materiais contra ele no interrogatório ao Supremo Tribunal Federal (STF) na terça-feira (10). Gleisi afirmou à CNN Brasil que Bolsonaro priorizou um discurso político e não rebateu os argumentos sobre a tentativa de golpe de Estado e o planejamento do assassinato de autoridades.
“Ele não conseguiu enfrentar em nenhum aspecto as fartas provas materiais contra ele. Nem sobre a minuta do golpe – com os depoimentos dos comandantes do Exército e Aeronáutica; nem a Operação Verde e Amarelo – com deslocamento dos kids pretos que quase efetivaram o plano de assassinato do ministro Alexandre de Moraes”, disse.
A ministra completou nas redes sociais, afirmando que o ex-presidente mentiunas falas sobre o seu governo. "Da minuta do golpe a operação punhal verde amarelo suas declarações foram evasivas, se não mentirosas. E foi com discurso político que também levou a caixa de mentiras no interrogatório do STF", criticou, listando as mentiras apresentadas por Bolsonaro durante o depoimento.
Durante as cerca de duas horas e meia de depoimento, Bolsonaro itiu ter discutido “possibilidades” para contestar o resultado das eleições de 2022, mas alegou que tudo se deu dentro dos limites da Constituição. Ele negou qualquer plano de golpe.
O ex-presidente também confirmou que, em 7 de dezembro de 2022, foi rascunhada uma minuta de decreto em reunião com os comandantes das Forças Armadas no Palácio da Alvorada. Segundo ele, a proposta não avançou. “A discussão já começou sem força, de modo que nada foi para frente”, afirmou.
Em outro trecho do interrogatório, Bolsonaro pediu desculpas ao ministro Alexandre de Moraes por tê-lo acusado — sem provas — de receber dinheiro para acobertar supostas fraudes eleitorais. Ele reconheceu não ter “nenhum fundamento” para tais declarações.
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