Cristina Kirchner convoca militância a estar junto aos mais necessitados
Ex-presidente da Argentina critica estigmas contra o peronismo e reafirma o compromisso com os direitos sociais após condenação judicial
247 - A ex-presidente da Argentina Cristina Fernández de Kirchner fez um novo chamado à militância peronista nesta semana, defendendo organização e empatia como pilares de resistência diante do atual cenário político. “Precisamos estar junto à gente que mais precisa, ordenados e organizados”, afirmou durante discurso na sede nacional do Partido Justicialista (PJ), em Buenos Aires. A fala ocorreu após a Corte Suprema argentina ratificar sua condenação a seis anos de prisão e a inabilitação perpétua para exercer cargos públicos no caso conhecido como Vialidad, informa o canal argentino C5N.
Cristina criticou duramente os ataques que recebe por parte de setores da mídia e do Judiciário. “Os peronistas não são mafiosos”, declarou, ao rebater a tentativa de criminalização do movimento político que representa. Ela reforçou o papel histórico do peronismo na garantia de direitos sociais e no combate à desigualdade: “o povo argentino não se resigna a viver sem direitos, a não ter um trabalho digno, a que seus filhos possam ir à universidade e ter um futuro melhor”.
Ao lado de apoiadores e dirigentes partidários, Cristina reforçou a importância de uma atuação política solidária, especialmente em tempos de crise. “Precisamos intensificar a empatia e o acercamento com quem mais sofre”, afirmou, apontando que o compromisso com os mais necessitados deve orientar a ação política do campo progressista argentino.
Sua fala ocorre em meio à escalada da judicialização da política no país, com a sentença do caso Vialidad sendo vista por diversos analistas e setores populares como parte de uma estratégia de lawfare — uso do sistema judicial para perseguir adversários políticos — semelhante à aplicada em outros países da América Latina. Mesmo fora das disputas eleitorais desde 2023, Cristina permanece como figura central no debate político argentino e referência da resistência peronista.
O discurso na sede do PJ não apenas reafirmou sua liderança, mas também traçou um horizonte de mobilização social e reorganização política diante dos desafios impostos por decisões judiciais que buscam afastar vozes populares do cenário institucional. “Ordem e organização não significam submissão, mas estratégia para mudar a realidade ao lado do povo”, concluiu.
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