Chuvas deixam mortos e causam sérios prejuízos à população do Grande Recife (vídeo)

247 - Pelo menos sete pessoas morreram em decorrência das chuvas no Grande Recife. A capital pernambucana registrou cinco mortes, enquanto as outras duas ocorreram nas cidades de Camaragibe e Paulista, na Região Metropolitana. O volume de chuva ultraou os 200 milímetros em algumas localidades. Só nesta quarta-feira (5), em menos de três horas choveu mais do que o volume esperado para todo o mês de fevereiro. O Recife chegou a registrar 271 km de engarrafamento, número bem maior do que em dias normais, quando o congestionamento chega a 180 km no horário de pico. Até a manhã desta quinta (6), o Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco (CBMPE) resgatou 317 adultos, 36 crianças e três animais, totalizando 356 resgates.

A Defesa Civil de Pernambuco informou que 16 escolas em 12 municípios sofreram algum tipo de dano devido às chuvas, sendo eles: João Alfredo, Limoeiro, Bom Jardim, Orobó, Recife, Condado, Caruaru, Moreno, Arcoverde, Camaragibe, Orobó e Machados.

Segundo o governo pernambucano, 231 pessoas ficaram desalojadas e desabrigadas no estado. Desalojado é quem deixou a própria casa, mas está morando com amigos ou parentes. Desabrigado é quem necessita de abrigo fornecido por representantes do poder público.

De acordo com o CBMPE, entre a manhã de quarta-feira (5) e a manhã desta quinta-feira (6), foram resgatados 317 adultos, 36 crianças e três animais. Desde o dia anterior, sete óbitos foram registrados, sendo cinco no Recife, um em Camaragibe e um na cidade de Paulista.

Informações divulgadas pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) indicam que as fortes chuvas foram causadas principalmente pela Zona de Convergência Intertropical, que ocorre entre fevereiro e abril, e pelo vórtice ciclônico de altos níveis, fenômeno de ventos circulares que também influencia a ocorrência de precipitações intensas.

O Corpo de Bombeiros resgatou 317 adultos, 36 crianças e três animais, totalizando 356 resgates. A Prefeitura do Recife reduziu o alerta máximo (vermelho) para alerta laranja.

No alerta amarelo, há "perigo potencial", com chuvas entre 20 e 30 mm por hora ou até 50 mm por dia, além de ventos de 40 a 60 km/h. Nesse nível, há risco menor de cortes de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas.

No alerta laranja, há "perigo" para determinadas áreas, com chuvas entre 30 e 60 mm por hora ou entre 50 e 100 mm por dia, e ventos intensos de 60 a 100 km/h. Há risco real de cortes de energia, queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas.

O alerta vermelho indica "grande perigo", com chuvas acima de 60 mm por hora ou superiores a 100 mm por dia. Nesse nível, há risco de grandes alagamentos, transbordamento de rios e deslizamentos de encostas.

A governadora Raquel Lyra determinou que as equipes do governo realizassem um esforço conjunto para auxiliar os municípios mais afetados pelo temporal, como é o caso de Vicência.

“Estamos acompanhando de perto todas as ocorrências nas cidades atingidas pelas chuvas desta semana. Lamento e me solidarizo com as famílias que perderam seus entes queridos. Peço que a população esteja sempre atenta aos alertas emitidos pela Apac, pelo Corpo de Bombeiros e pelas defesas civis do Estado e dos municípios”, afirmou.

O prefeito do Recife, João Campos, também se pronunciou na última quarta-feira (5). “Estamos com uma força-tarefa ampla para restabelecer urgentemente a normalidade. Pedimos que todos que puderem permaneçam em casa. E, se você mora em área de risco ou está em situação de perigo, procure os abrigos da Prefeitura do Recife ou entre em contato com a Defesa Civil pelo telefone 0800-081-3400″.