Mais de 100 manifestantes são detidos em protestos em Los Angeles na noite desta segunda

247 - Mais de uma centena de pessoas foram presas na noite de segunda (9) para terça-feira (10) durante manifestações em Los Angeles, nos Estados Unidos. As informações são da agência russa Sputnik, com base em declarações da prefeita da cidade, Karen Bass, ao canal local da ABC News, KABC.

A onda de protestos teve início após uma operação do Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE, na sigla em inglês) no centro da cidade, realizada no dia 7 de junho, voltada à identificação de imigrantes considerados irregulares. A ação escalou rapidamente para confrontos entre manifestantes e forças de segurança, desencadeando uma série de atos que se intensificaram nos dias seguintes.

Em entrevista à emissora, Karen Bass afirmou: “O que estamos vendo no centro é simplesmente horrível, mas vocês sabem que a maioria das pessoas que participou do protesto esta tarde foi pacífica. Pelo que me foi informado, mais de 100 pessoas foram presas esta noite, a maioria delas por reunião ilegal”.

A prefeita ainda destacou que os atos violentos não são protagonizados por defensores dos imigrantes, mas sim por “grupos marginais”, indicando uma tentativa de dissociar a comunidade migrante da escalada de tensão registrada nas ruas.

O cenário conflagrado levou o governador da Califórnia, Gavin Newsom, a reagir duramente. Ainda no dia 7, ele ameaçou interromper o ree de tributos federais caso a istração do presidente Donald Trump efetivasse os cortes previstos nos rees de verbas ao estado. No dia seguinte, a Casa Branca anunciou o envio de 2 mil membros da Guarda Nacional para conter os protestos em Los Angeles.

Em resposta ao envio de tropas federais, Newsom solicitou formalmente a revogação da medida e acusou o governo Trump de ser responsável direto pela instabilidade: “As autoridades estaduais e municipais não enfrentavam qualquer tipo de problema até que o presidente interveio”, afirmou.

A crise expõe novamente os choques entre o governo federal, sob comando de Trump — que cumpre seu segundo mandato desde janeiro de 2025 —, e estados que adotam políticas mais inclusivas em relação aos imigrantes. A presença da Guarda Nacional e as prisões em massa alimentam o debate sobre o autoritarismo e a criminalização de protestos nos Estados Unidos, sobretudo quando envolvem populações vulneráveis e temas sensíveis como a imigração.