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Governador da Califórnia denuncia prisões arbitrárias e processa governo Trump

Em meio a protestos, líder californiano acusa presidente de abuso de poder e alerta: "Nenhum de nós está seguro"

Gavin Newsom (Foto: Reuters)
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247 - Em meio à nova onda de protestos que toma várias cidades dos Estados Unidos, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, subiu o tom contra o presidente Donald Trump, acusando-o de transformar a crise em palco político e de atentar contra a democracia. "A Califórnia continuará lutando em nome de todo o nosso povo, inclusive nos tribunais", afirmou Newsom em pronunciamento nesta quarta-feira (11).

As manifestações, motivadas pelas operações federais de imigração ordenadas por Trump, têm gerado confrontos em diferentes estados. Em Los Angeles, segunda maior cidade do país, a tensão persiste após cinco dias de protestos que resultaram em prisões em massa, confrontos e intervenção federal. A cidade mantém um toque de recolher em vigor no centro, cobrindo uma área de mais de um quilômetro quadrado.

No Texas, o governador Greg Abbott decidiu mobilizar a Guarda Nacional para conter os atos previstos para os próximos dias. Em Austin, choques entre manifestantes e forças de segurança já foram registrados no início da semana. Mas é na Califórnia que o embate político com a Casa Branca atingiu seu ápice.

"Este abuso descarado de poder por um presidente agravou uma situação inflamável, colocando nosso povo, nossos oficiais e até mesmo nossa Guarda Nacional em risco", denunciou Gavin Newsom. "Ele escolheu novamente a escalada. Ele escolheu mais força. Ele escolheu o teatro em vez da segurança pública... A democracia está sob ataque."

A resposta de Newsom foi imediata: na segunda-feira, ele entrou com uma ação judicial contra Trump e o Departamento de Defesa, na tentativa de impedir o envio de tropas federais à Califórnia. A medida irritou o presidente, que chegou a sugerir que o governador "deveria ser preso", aumentando ainda mais a crise institucional entre o governo federal e o estado.

Atualmente, cerca de 700 fuzileiros navais norte-americanos foram enviados a Los Angeles, somando-se aos 4.000 membros da Guarda Nacional já mobilizados. Embora o governo federal afirme que essas tropas não participarão diretamente de operações policiais, líderes locais expressaram desconfiança quanto ao real papel das forças armadas no território californiano.

"Proteger o pessoal provavelmente significa acompanhar os agentes do ICE até comunidades e bairros", alertou o procurador-geral da Califórnia, Rob Bonta. “E proteger funções pode significar proteger a função do ICE de fazer cumprir a lei de imigração.” Ele lembrou que a Lei de Posse Comitatus, de 1878, restringe o uso das Forças Armadas em atividades de segurança interna.

A prefeita de Los Angeles, Karen Bass, também criticou a presença militar. Segundo ela, a atuação da polícia já havia controlado os protestos, que seguem majoritariamente pacíficos. Ainda assim, devido a episódios de violência e saques noturnos, o toque de recolher permanece em vigor.

As forças de segurança informaram que dezenas de manifestantes desrespeitaram a medida, resultando em prisões em massa. Somente na terça-feira, 197 pessoas foram detidas — número que já supera o total de prisões dos dias anteriores.

Newsom deixou claro o que está em jogo: "Se alguns de nós podem ser capturados nas ruas sem um mandado, com base apenas em suspeita ou cor da pele, então nenhum de nós está seguro. Regimes autoritários começam por visar pessoas com menor capacidade de defesa. Mas não param por aí. Trump e seus apoiadores prosperam na divisão porque isso lhes permite assumir mais poder e exercer ainda mais controle."

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