Fepal denuncia ataque de Israel à Flotilha da Liberdade como parte de “solução final” na Palestina
Organização repudia agressão contra embarcaçãocom ativistas, incluindo Greta Thunberg e Thiago Ávila, e conclama rompimento de relações com Israel
247 – A Federação Árabe Palestina do Brasil (FEPAL) divulgou nota pública neste domingo (9) denunciando veementemente o ataque de Israel à Flotilha da Liberdade, embarcação civil que levava ajuda humanitária à Faixa de Gaza. A organização classifica o episódio como parte de uma política de extermínio deliberado da população palestina, comparando o regime sionista ao nazismo e defendendo que o Brasil rompa imediatamente todas as relações diplomáticas com o governo israelense.A nota afirma que o ataque ao barco Medleen, tripulado por 11 ativistas — entre eles a ambientalista sueca Greta Thunberg, o brasileiro Thiago Ávila e a parlamentar franco-palestina Rima Hassan — tem por objetivo impedir que alimentos e medicamentos cheguem aos civis palestinos sitiados em Gaza. “Se os ativistas não representam nenhum perigo militar ou de segurança, por que atacá-los com tamanha violência?”, questiona o texto.
Segundo a FEPAL, a ação é parte da chamada "solução final" perseguida por Israel e seus aliados ocidentais, cujo objetivo seria “exterminar” os 2,3 milhões de habitantes palestinos de Gaza. A organização denuncia ainda que a operação militar de Israel já resultou na “maior matança de jornalistas da história” — com 219 mortos —, além do assassinato de profissionais da saúde (1.411), funcionários da ONU (203) e professores (800), tornando Gaza um território "inabitável".
A nota denuncia que as mortes de quase 10 mil crianças em Gaza representam a “maior matança infantil proporcional de todos os tempos”, superando em mais de três vezes os números da Segunda Guerra Mundial. A FEPAL sustenta que “não há mais máscaras” que possam esconder a intenção sionista de realizar uma “limpeza étnica integral” em Gaza.
Diante disso, a entidade afirma que é dever histórico da humanidade “parar Israel”, da mesma forma como foi necessário combater e destruir o regime nazista. A FEPAL reivindica sanções, boicotes, desinvestimentos e até mesmo bloqueios militares como medidas legítimas de proteção ao povo palestino. Para o Brasil, a organização exige o rompimento de todas as relações com Israel até que cesse o genocídio e sejam respeitadas as resoluções da ONU sobre a Palestina.
A nota termina com uma manifestação de solidariedade e gratidão aos ativistas da Flotilha da Liberdade e reafirma o compromisso da entidade com a causa palestina: “Palestina Livre a partir do Brasil” — conclui o texto, datado de 8 de junho de 2025, quando se completam 78 anos da Nakba, a catástrofe palestina que marcou a criação do Estado de Israel.
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