China impõe limite de seis meses para exportação de terras raras aos EUA
Restrição faz parte de acordo negociado em Londres; Washington cedeu em restrições sobre venda de produtos como motores a jato e etano
247 - A China estabeleceu um limite de seis meses para a concessão de licenças de exportação de terras raras destinadas a empresas automobilísticas e industriais dos Estados Unidos, segundo revelou o Wall Street Journal nesta quarta-feira (12), com base em informações de fontes com conhecimento direto das tratativas.
A decisão foi tomada durante uma rodada de negociações comerciais entre representantes de Pequim e Washington, realizada recentemente em Londres. De acordo com o jornal norte-americano, como contrapartida à medida chinesa, os Estados Unidos aceitaram flexibilizar restrições impostas anteriormente à exportação de determinados produtos chineses, entre eles motores a jato, componentes associados e o gás etano.
Fontes ouvidas pelo WSJ — que mantêm diálogo próximo com autoridades chinesas de alto escalão — apontam que o objetivo de Pequim é preservar controle estratégico sobre matérias-primas consideradas cruciais. A limitação temporária visa fortalecer a posição da China em futuras negociações com os Estados Unidos.
A medida representa mais um capítulo na longa disputa tecnológica e comercial entre as duas potências. As terras raras — um grupo de 17 elementos químicos fundamentais para a produção de baterias, chips e equipamentos de alta tecnologia — são amplamente dominadas pela China, responsável por cerca de 70% da produção global.
Ao restringir o o a esses insumos, mesmo que de maneira temporária, o governo chinês reforça sua influência sobre setores estratégicos da economia norte-americana. Washington, por sua vez, sinaliza disposição para concessões comerciais, numa tentativa de mitigar tensões em áreas sensíveis da cadeia produtiva industrial e energética.
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