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Chefe do Pentágono diz que fuzileiros navais estão em alerta máximo para agir na Califórnia

Secretário de Defesa afirma que tropas de elite dos EUA podem ser mobilizadas caso os protestos contra a política migratória de Trump saiam do controle

Polícia reprime protestos nos Estados Unidos (Foto: Reuters)
Redação Brasil 247 avatar
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247, com informações da Reuters – A crise institucional nos Estados Unidos se intensificou neste domingo (8), após o secretário de Defesa, Pete Hegseth, anunciar que fuzileiros navais estacionados em Camp Pendleton, na Califórnia, estão em “alerta máximo” e prontos para agir, caso a violência nas manifestações em Los Angeles continue. A declaração foi feita em meio ao envio de 2.000 membros da Guarda Nacional à cidade, por ordem do presidente Donald Trump, e ao terceiro dia consecutivo de protestos contra sua política de imigração. A informação é da agência Reuters.

“Se a violência persistir, os Marines poderão ser mobilizados a qualquer momento”, afirmou Hegseth. A movimentação militar acontece sob fortes críticas do governador da Califórnia, Gavin Newsom, que classificou a medida como ilegal e prometeu levar o caso à Justiça. “Esses são atos de um ditador, não de um presidente”, afirmou Newsom, em entrevista à MSNBC, acrescentando que Trump “fabricou a crise” para justificar o uso da força.

Escalada nos protestos

As manifestações em Los Angeles se intensificaram após operações de deportação em massa iniciadas pelo governo Trump. No domingo, a polícia local prendeu ao menos 10 pessoas e relatou confrontos em diversas partes da cidade. No sábado, 29 manifestantes foram detidos. Vídeos mostram cenas de tensão, com viaturas cercadas, veículos incendiados e manifestantes enfrentando a polícia montada. Alguns bloqueios chegaram até a rodovia 101, uma das principais vias do centro de Los Angeles.

A Guarda Nacional, segundo o Comando Norte dos EUA, foi enviada para proteger instalações federais e agentes em ação. Um grupo de cerca de 300 soldados já foi posicionado em três pontos estratégicos da cidade. Imagens mostram que, junto a agentes do Departamento de Segurança Interna, os soldados afastaram manifestantes em frente a prédios federais. A missão, oficialmente, não inclui atividades de policiamento direto.

Tensão entre governo federal e Califórnia

O presidente Trump justificou o envio da Guarda Nacional com base no Título 10 do Código dos EUA, que permite o uso da força federal para conter rebeliões ou proteger propriedades federais. No entanto, a lei também determina que as ordens devem ar pelos governadores estaduais — o que não foi respeitado neste caso.

“A decisão de Trump é claramente uma violação da soberania do estado”, declarou o governador Newsom. Em postagem nas redes sociais, ele reafirmou que entrará com uma ação judicial para impedir a mobilização sem autorização estadual.

O presidente dos EUA, por sua vez, intensificou sua retórica, chamando os manifestantes de “gangues insurrecionistas violentas” e afirmando que sua istração tomará “todas as medidas necessárias” para conter os protestos. Ao comentar a repressão nas redes sociais, afirmou: “Eles cospem, nós batemos”.

Clima de guerra nas ruas

Além dos confrontos com a polícia, carros autônomos da Waymo, empresa da Alphabet, foram incendiados por manifestantes. Vídeos mostram grupos gritando “Shame on you!” (Vergonha!) em direção às autoridades, enquanto bandeiras mexicanas eram erguidas em protesto contra as políticas migratórias.

A prefeita de Los Angeles, Karen Bass, criticou a decisão da Casa Branca: “Não quero que as pessoas caiam no caos que acredito estar sendo criado pela istração, completamente de forma desnecessária”, disse.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, também se posicionou contra as ações do governo Trump. “O fenômeno migratório não será resolvido com violência e repressão, mas com reforma e cooperação”, declarou em discurso público.

Risco institucional

Apesar da gravidade do cenário, Trump ainda não invocou a Lei da Insurreição, que autoriza o uso das Forças Armadas em solo nacional em casos extremos de desordem civil. Questionado se pretende fazê-lo, respondeu apenas: “Depende se há uma insurreição ou não”.

O FBI, por sua vez, oferece uma recompensa de US$ 50 mil por informações sobre um suspeito que atirou pedras contra viaturas policiais, ferindo um agente federal na cidade de Paramount.

Com as tropas em prontidão e a retórica presidencial cada vez mais agressiva, os Estados Unidos vivem um momento de grave instabilidade. A mobilização de militares sem a concordância do governo estadual e a ameaça de uso da força militar ativa dentro do território nacional colocam em xeque o equilíbrio entre os poderes federais e estaduais, e reacendem temores sobre o avanço de um autoritarismo institucionalizado no país.

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