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Apoio a tarifas contra os EUA ainda é alto no Canadá, mas perde força com prolongamento da guerra comercial

Sete em cada dez canadenses seguem a favor de medidas retaliatórias, mas apoio ir caiu de 55% para 44%, segundo pesquisa da Nanos Research

O primeiro-ministro canadense, Mark Carney, discursa no Victoria Edelweiss Club durante sua campanha eleitoral do Partido Liberal em Victoria, Colúmbia Britânica, Canadá, em 6 de abril de 2025 (Foto: REUTERS/Kevin Light)
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247 - O apoio dos canadenses às tarifas impostas como resposta às sanções do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, permanece majoritário, embora venha mostrando sinais de enfraquecimento. É o que revela uma pesquisa conduzida pelo instituto Nanos Research Group para a agência Bloomberg News.

De acordo com o levantamento, realizado entre os dias 1º e 3 de junho com 1.120 entrevistados, cerca de 70% da população canadense se mostra favorável à manutenção de medidas tarifárias mesmo que isso implique aumento nos preços dos produtos importados dos Estados Unidos. Esse índice, no entanto, representa uma queda em relação aos quase 80% registrados no início do ano.

Apoio enfraquecido, mas ainda sólido

O percentual dos que demonstram apoio ir às tarifas retaliatórias caiu de 55% para 44%, enquanto o grupo que diz “apoiar de certa forma” subiu de 24% para 29%, evidenciando uma moderação no entusiasmo popular à medida que a disputa comercial entre os dois países se estende.

“A persistência da incerteza e a imposição de novas tarifas sobre produtos canadenses por parte dos Estados Unidos vão manter aceso o desejo de resposta do Canadá”, afirmou Nik Nanos, fundador do instituto responsável pela pesquisa.

As províncias do Atlântico se destacam como as mais favoráveis às tarifas de retaliação, com 81% dos entrevistados da região manifestando apoio. Na outra ponta, as províncias das Pradarias — como Saskatchewan e Alberta — registraram o menor índice, com 67%. Mesmo assim, essas províncias retomaram recentemente a compra e distribuição de bebidas alcoólicas americanas para o varejo, após meses de proibição como forma de protesto.

Medidas parciais e impactos econômicos

Apesar das tensões, o governo do primeiro-ministro Mark Carney reduziu parte das medidas de retaliação em abril, mantendo cerca de 70% das tarifas originais. Atualmente, o Canadá aplica uma tarifa de 25% sobre aproximadamente 42 bilhões de dólares canadenses (equivalente a US$ 31 bilhões) em produtos importados dos EUA, além de taxas sobre veículos automotores.

Na semana ada, Trump dobrou as tarifas sobre aço e alumínio canadenses, mas Carney decidiu não responder de imediato. Segundo ele, há indícios de progresso nas negociações comerciais com Washington, embora novas medidas não estejam descartadas.

O governador do Banco do Canadá, Tiff Macklem, declarou recentemente que os efeitos dessas tarifas ainda não apareceram com força nos indicadores de preços ao consumidor. “As tarifas retaliatórias implementadas ainda não estão refletidas no índice de preços ao consumidor disponível. Isso deve começar a surgir nos próximos meses”, declarou.

A pesquisa possui margem de erro de 2,9 pontos percentuais e nível de confiança de 95%.

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