Consumidores dos EUA mostram leve otimismo após seis meses de queda, mas incertezas persistem

247 - Dados divulgados nesta sexta-feira (13) pela Universidade de Michigan indicam que o sentimento dos consumidores norte-americanos apresentou, em junho, sua primeira melhora após seis meses consecutivos de queda. 

O índice geral subiu 16% em relação a maio, revelando um alívio pontual após um período prolongado de pessimismo. No entanto, a confiança ainda se encontra aproximadamente 20% abaixo dos níveis registrados em dezembro de 2024, quando o resultado das eleições presidenciais havia impulsionado temporariamente as expectativas econômicas.

O levantamento revelou um avanço generalizado na percepção dos consumidores, independentemente da faixa etária, classe de renda, patrimônio, filiação partidária ou localização geográfica. Todos os cinco componentes do índice apresentaram alta, com destaque para a avaliação das condições econômicas de curto e longo prazos — indicativo de uma reação à aparente redução de tensões causadas por tarifas comerciais adotadas recentemente.

A diretora das Pesquisas de Consumidores da Universidade de Michigan, Joanne Hsu, atribuiu essa recuperação parcial a um processo de adaptação frente ao cenário de instabilidade iniciado em abril. “Os consumidores parecem ter se acomodado, em certa medida, ao choque provocado pelas tarifas extremamente elevadas anunciadas naquele mês e à volatilidade política que se seguiu”, afirmou Hsu.

Ainda assim, o estudo aponta que o alívio é relativo. Persistem visões negativas sobre uma ampla gama de aspectos da economia, incluindo as condições de negócios, finanças pessoais, mercado de trabalho, consumo de bens duráveis e desempenho do mercado de ações. “Apesar da melhora significativa neste mês, os consumidores continuam cautelosos e preocupados com a trajetória da economia”, alertou Hsu.