Presidente da Câmara aciona Itamaraty para repatriar prefeito de João Pessoa após ataque de Israel ao Irã
Hugo Motta buscou apoio do chanceler Mauro Vieira para garantir o retorno de Cícero Lucena, que está em missão oficial em Israel
247 - Em meio à escalada do conflito entre Israel e Irã, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), acionou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, na tentativa de garantir a repatriação do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP-PB). Lucena participa de uma missão oficial em Israel voltada a autoridades e prefeitos de países lusófonos, com foco em tecnologias aplicadas à segurança pública.
Diante do agravamento da tensão no Oriente Médio, o prefeito procurou o presidente da Câmara, que imediatamente acionou o Itamaraty. “Falei há pouco com o prefeito de João Pessoa que está em Israel, e com o chanceler Mauro Vieira. A Câmara está atenta para garantir a segurança e o retorno de todos que estão em Israel”, afirmou Motta, de acordo com o Metrópoles.
Segundo o parlamentar, o ministro Mauro Vieira já mobilizou o corpo diplomático brasileiro. “Falei com o chanceler, que prontamente colocou a estrutura do Itamaraty à disposição. A embaixada já está prestando assistência e estamos em contato frequente para acompanhar os desdobramentos. Hoje pela manhã, conversei novamente com o ministro e com o próprio prefeito Cícero. O espaço aéreo israelense está temporariamente fechado, o que exige cautela e estratégia para encontrar a melhor janela de evacuação”, explicou.
A mobilização acontece um dia após Israel intensificar o confronto com o Irã. Na quinta-feira (12), as Forças de Defesa de Israel (FDI) realizaram uma ofensiva de grandes proporções contra alvos iranianos, utilizando mais de 100 drones, 200 aeronaves e cerca de 330 munições. Os ataques atingiram aproximadamente 100 locais, muitos deles supostamente relacionados ao programa nuclear iraniano.
Em nota oficial, o exército israelense descreveu o ataque como “preventivo”. De acordo com as autoridades militares do país, os alvos seriam instalações nucleares distribuídas em diversas áreas do Irã. O chefe da Diretoria de Inteligência Militar de Israel, major-general Shlomi Binder, justificou a ofensiva afirmando que se trata de uma reação necessária diante da ameaça existencial representada pelo regime iraniano. “É isso que pretendemos degradar, interromper e eliminar essa ameaça”, declarou.
A ofensiva israelense ocorre oito meses após o último episódio de confronto direto entre os dois países, historicamente rivais. Em resposta ao bombardeio, o Irã declarou estado de alerta e reafirmou que seu programa nuclear tem fins pacíficos. No entanto, especialistas internacionais apontam que o país enriquece urânio em níveis próximos ao necessário para fabricação de armas nucleares — o que aumenta as tensões na região e agrava o cenário de instabilidade.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que os serviços de inteligência confirmaram que o Irã teria urânio suficiente para fabricar até nove bombas atômicas, o que teria motivado o ataque. Segundo ele, a ação buscou desmantelar “a infraestrutura necessária para o enriquecimento de urânio em níveis militares”.
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