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PGR avalia que depoimento de Braga Netto sobre trama golpista foi vago e complica sua própria defesa

Integrantes da PGR veem lacunas e contradições na fala do general, que tentou se desvincular de rees financeiros ligados ao entorno de Bolsonaro

Braga Netto (Foto: Antonio Augusto/STF)
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247 - Integrantes da Procuradoria-Geral da República (PGR) consideraram frágil e repleta de lacunas a participação do general Walter Braga Netto na ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado no Brasil. Segundo a CNN Brasil a avaliação é de que o depoimento do militar, realizado por videoconferência a partir de uma unidade militar no Rio de Janeiro, deixou pontos em aberto que podem ampliar os riscos jurídicos que ele já enfrenta.

Preso desde dezembro de 2024, Braga Netto foi o único dos réus a depor de forma remota e esteve acompanhado por seus advogados. Durante sua fala, o general tentou se desvencilhar da grave acusação feita pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de que teria recebido uma caixa de vinho contendo dinheiro. Segundo o delator, o montante seria parte de um pagamento a Braga Netto por sua participação no suposto plano que previa a "neutralização" do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Contudo, ao tentar refutar a acusação, o general acabou abrindo uma nova frente de investigação ao mencionar que era procurado por apoiadores de sua base política e de Bolsonaro com pedidos de ree de recursos de campanha. Ao descrever a dinâmica, Braga Netto citou diretamente o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e indicou que havia orientado Mauro Cid a buscar o tesoureiro da legenda, conhecido como Azevedo.

“Ele procurou o Azevedo, e o Azevedo veio até mim e disse que o PL não tinha amparo para dar aquele dinheiro. Eu disse a ele: ‘então morre o assunto’. E o assunto morreu”, afirmou o general em seu depoimento.

Outro trecho controverso do interrogatório diz respeito a mensagens que foram apreendidas pela Polícia Federal e atribuídas a Braga Netto, nas quais ele supostamente incita ataques contra o então comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Júnior. Ao ser confrontado sobre o conteúdo, que inclui a frase “Senta o pau no Batista Jr. Inferniza a vida dele e da família”, o general afirmou que as mensagens foram retiradas de contexto e disse não se lembrar de tê-las enviado.

Para a PGR, porém, as mensagens são claras e literais, além de demonstrarem o envolvimento direto de Braga Netto em pressões exercidas contra os comandantes das Forças Armadas para que aderissem ao plano golpista.

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