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Moraes ironiza novamente advogado Augusto Heleno: “horário do almoço ainda está longe” (vídeo)

Durante interrogatório de réus sobre tentativa de golpe, ministro do STF rebateu comentário de advogado

Alexandre de Moraes (Foto: Fellipe Sampaio/STF)
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247 - Durante audiência no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (10), o ministro Alexandre de Moraes ironizou um comentário feito pelo advogado Matheus Milanez, defensor do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno. A sessão integra a fase final de instrução da ação penal que apura a tentativa de golpe de Estado articulada por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro após as eleições de 2022.

A fala de Moraes ocorreu logo após o advogado solicitar uma questão de ordem — instrumento processual utilizado para pedir esclarecimentos ou contestar algum procedimento. “Doutor, o horário do almoço ainda está longe”, disse o ministro, em tom bem-humorado. Milanez respondeu, mantendo o clima descontraído: “Vossa Excelência fique tranquila que assim como Vossa Excelência eu tomei um ‘brunch’ reforçado”.

Na sequência, o advogado informou que seu cliente, o general Augusto Heleno, permaneceria em silêncio, respondendo apenas a perguntas formuladas por sua própria defesa. Moraes ressaltou que, apesar disso, faria as perguntas de praxe para que constassem nos autos do processo.

A troca de comentários irônicos remete a um episódio ocorrido na noite anterior, quando Milanez pediu o adiamento da audiência do dia seguinte, alegando cansaço e a falta de refeições adequadas. “São 20h, a audiência amanhã é às 9h, e nós viemos em um carro só. Ainda preciso levar o general para casa, e eu mesmo preciso ir para a minha. Eu minimamente quero jantar... Excelência, eu só tomei café da manhã hoje, quase nada mais”, afirmou, arrancando risos no plenário.

Avanço da instrução processual

A audiência desta terça é parte da reta final da fase de instrução do processo, que reúne provas e depoimentos para subsidiar o julgamento dos réus. Após os interrogatórios, o caso poderá seguir para diligências complementares, se solicitadas por alguma das partes. Depois, será aberto o prazo de 15 dias para as alegações finais, e o processo será encaminhado à Primeira Turma do STF.

Nesta terça, também foram ouvidos o ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, e o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres. Ainda devem prestar depoimento: Jair Bolsonaro; Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e Walter Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice-presidente na chapa de reeleição de Bolsonaro.

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), os acusados integram o “núcleo crucial” da organização criminosa que atuou para tentar interromper a ordem democrática após a vitória eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O que disseram os primeiros depoentes

Na segunda-feira (9), foram ouvidos o coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator do caso, e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Cid reafirmou os depoimentos prestados à Polícia Federal e declarou: “Presenciei grande parte dos fatos, mas não participei deles”. Ele negou ter sido coagido a colaborar e confirmou que Bolsonaro teve o e sugeriu alterações à chamada “minuta do golpe” — um documento que previa medidas autoritárias para reverter o resultado das eleições.

Segundo o militar, o então presidente pediu a exclusão do item que previa a prisão de autoridades, mas manteve o trecho que determinava a detenção do ministro Alexandre de Moraes. Cid também relatou que Bolsonaro pressionou o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, a elaborar um relatório crítico ao sistema de votação eletrônico. “Queria um texto ‘duro’ contra o sistema de votação”, afirmou, ao ser questionado por Moraes.

Já Ramagem afirmou que o documento em que contestava o resultado das eleições era apenas um rascunho pessoal e não chegou a ser entregue ao ex-presidente. Ele negou ter usado a Abin para espionar autoridades e afirmou: “Decerto que não fiz monitoramento de autoridades”.

As declarações marcam um novo capítulo do processo que deve julgar um dos episódios mais graves da história recente do país em relação à ameaça à democracia.

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