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Em parceria com a China, Brasil terá etanol como base de querosene sustentável produzido para o mercado asiático

Memorando com Raízen e SAFPAC prevê uso de etanol brasileiro, inclusive o de segunda geração, em projeto de SAF na Ásia-Pacífico a partir de 2025

(Foto: Envato)
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247 - A parceria firmada entre a Raízen, a SAFPAC e o governo brasileiro durante a missão oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China dá um o relevante na internacionalização do etanol como matriz para o combustível sustentável de aviação (SAF). Mais do que formalizar uma intenção, o memorando de entendimentos assinado nesta segunda-feira (12) abre caminho para que o biocombustível brasileiro e a ser transformado em querosene renovável na região Ásia-Pacífico, mercado estratégico para o setor aéreo global.

O projeto prevê o uso da tecnologia Alcohol-to-Jet (ATJ), capaz de converter o etanol em combustível de aviação de baixa emissão de carbono. A Raízen fornecerá o insumo, inclusive o de segunda geração, feito a partir do bagaço da cana-de-açúcar, o que fortalece o posicionamento do Brasil como referência mundial em bioenergia. A meta é atingir, em três fases, até 500 mil toneladas de SAF por ano entre 2030 e 2033.

Apesar de ainda não haver contratos de compra e venda, o acordo estabelece diretrizes técnicas e comerciais para a cooperação entre a Raízen e a SAFPAC, com atenção especial à segurança da informação. O documento inclui cláusulas de confidencialidade válidas por três anos após eventual encerramento da parceria e impede que qualquer uma das partes reivindique propriedade intelectual sobre dados, marcas ou tecnologias compartilhadas.

Para especialistas do setor energético, a escolha do etanol brasileiro como base para produção de SAF fora do país sinaliza um novo posicionamento estratégico. Trata-se de uma etapa concreta na cadeia internacional de transição energética, em que o Brasil não apenas exporta commodities, mas também fornece insumos tecnológicos e renováveis para cadeias globais de descarbonização.

A do memorando também se insere no esforço do governo brasileiro de ampliar sua presença comercial na China em meio às tensões sino-americanas. A missão liderada por Lula contou com a presença do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que busca facilitar a exportação de produtos biotecnológicos por meio da redução de barreiras regulatórias.

Com cerca de 400 oportunidades mapeadas pela ApexBrasil, a aproximação com a China pode ampliar não apenas o mercado de produtos agropecuários brasileiros, mas também abrir espaço para exportações de alto valor agregado, como o etanol avançado — essencial para a produção de SAF com menor pegada de carbono.

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