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Sara York

Sara Wagner York ou Sara Wagner Pimenta Gonçalves Júnior é bacharel em Jornalismo, licenciada em Letras Inglês, Pedagogia e Letras vernáculas. Especialista em educação, gênero e sexualidade, primeiro trabalho acadêmico sobre as cotas trans realizado no mestrado e doutoranda em Educação (UERJ) com bolsa CAPES, além de pai, avó. Reconhecida como a primeira trans a ancorar no jornalismo brasileiro pela TVBrasil247.

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Prêmio Jabuti marca presença na Bienal do Livro Rio 2025 com destaque feminino e literaturas de resistência

O Prêmio Jabuti é o mais tradicional reconhecimento do mercado editorial brasileiro

(Foto: Reprodução/Instagram)

Por Sara Wagner York – diretamente da Bienal do Livro Rio 

Em um ano caracterizado por retrocessos políticos e ataques sistemáticos às pessoas trans, como os proferidos por Donald Trump em sua campanha nos Estados Unidos, a indagação que paira no ar é: haverá, de fato, apoiadores da diversidade quando ela se manifesta na forma de livros, corpos e ideias? A Bienal do Livro Rio 2025 parece buscar responder — ou instigar — essa questão com uma programação que aposta na força das palavras e da representatividade. 

O Prêmio Jabuti, o mais tradicional reconhecimento do mercado editorial brasileiro, ocupa um espaço central na programação do estande Rio Capital Mundial do Livro com uma curadoria voltada ao protagonismo feminino, à bibliodiversidade e ao potencial da literatura como ferramenta de transformação cultural e social. A presença é articulada em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e celebra o título inédito da Unesco para uma cidade latino-americana. 

Entre os dias 14 e 17 de junho, nomes como Míriam Leitão, Juliana Dal Piva, Bianca Monteiro Garcia, Rosiska Darcy, Mary Del Priore, Margareth Dalcolmo, Eliana Alves Cruz e Marcela Ceribelli se reúnem em mesas que discutem temas como memória, jornalismo, poesia, democracia e o surgimento de novas vozes. O evento ocorre no Riocentro, Pavilhão Verde, estande R53/S54. 

Além dos encontros, o estande abriga a Jabuteca — uma biblioteca itinerante que percorre feiras internacionais como Frankfurt e Bogotá, reunindo finalistas e vencedores do Jabuti. A famosa estatueta do prêmio também está disponível para fotos, em um gesto que combina símbolo, marketing e memória afetiva. 

“Levar o Prêmio Jabuti para esse espaço é uma maneira de celebrar a literatura brasileira em um dos maiores eventos do País. A Jabuteca e as mesas com autoras valorizam a leitura, a bibliodiversidade e o livro como instrumento de transformação”, afirma Hubert Alquéres, curador do Jabuti. 

Já para Sevani Matos, presidente da Câmara Brasileira do Livro, a presença do prêmio representa um momento estratégico de escuta e diálogo com leitores e leitoras: “Celebrar essas vozes e histórias é celebrar o poder transformador do livro”. 

Programação das mesas temáticas: 

14/06 (sábado), 17h às 18h – Biografia, memória e jornalismo 

Com Míriam Leitão e Juliana Dal Piva 

O papel da literatura e do jornalismo na crítica do presente. 

15/06 (domingo), 17h às 18h – Poesia e novos olhares 

Com Bianca Monteiro Garcia e Rosiska Darcy 

Reinvenções da forma poética e os corpos que escrevem silêncio, política e desejo. 

16/06 (segunda-feira), 17h às 18h – Pensar o País 

Com Mary Del Priore e Margareth Dalcolmo 

Desigualdade, racismo, democracia e o poder do pensamento crítico. 

17/06 (terça-feira), 15h às 16h – Primeiros livros, vozes potentes 

Com Eliana Alves Cruz e Marcela Ceribelli 

A força de novas autoras e a relevância da categoria Escritor Estreante do Jabuti. 

A entrada nas mesas é aberta ao público da Bienal, por ordem de chegada, respeitando a capacidade do espaço. 

Reflexão indispensável - Em tempos de aumento do conservadorismo, inclusive no âmbito internacional, a presença do Prêmio Jabuti — com sua Jabuteca itinerante e suas mesas predominantemente femininas — é mais do que institucional. É política. Em um Brasil que também enfrenta tentativas de silenciamento de corpos dissidentes, negros, indígenas e LGBTQIA+, a curadoria do evento se torna uma arena de luta simbólica. 

A indagação que permanece, diante do brilho das luzes da Bienal, é se esse protagonismo será recordado também fora dos palcos e estandes — especialmente quando nomes como o de Vini Jr., envolvido com o cinema de Letícia Pires, ou Míriam Leitão, enfrentando ataques sistemáticos à imprensa livre, ocupam os holofotes. Quem realmente nos apoiará quando deixarmos a cena e restar apenas a palavra escrita?

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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