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Jair de Souza

Economista formado pela UFRJ, mestre em linguística também pela UFRJ

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Não há solução fora do socialismo

O socialismo se faz ainda mais necessário do que nunca!

Karl Marx (Foto: Reprodução/Wikipédia)

Creio ser plausível que, em certas etapas da evolução histórica da humanidade, as atividades de cunho capitalista tenham realmente desempenhado um papel positivo para fazer avançar nossa capacidade produtiva e, desse modo, gerar a quantidade de bens e riquezas que viessem a possibilitar melhores condições de vida para o conjunto dos habitantes que estivessem ao alcance dos efeitos das tais atividades.

Ainda que façamos uma ponderação sobre o fato de que a apropriação dos ganhos advindos de empreendimentos capitalistas nunca se dá dentro de parâmetros equitativos de justiça social, senão que privilegia em medida acentuada aos proprietários dos meios de produção, parece-me inegável que os resultados por então obtidos representavam um o adiante em favor da humanidade como um todo.

Porém, com o ar do tempo, as características que aparentavam ser apropriadas para impulsionar a produção de bens e, com isso, proporcionar uma elevação generalizada das perspectivas de vida aram a representar uma enorme e aterradora ameaça para a própria sobrevivência do gênero humano como tal, assim como para grande parte das demais formas de vida presentes em nosso planeta.

Ocorre que, até cerca de um século atrás, com o nível de produtividade de que se dispunha, predominava a sensação de que não haveria limites restritivos para a expansão do processo produtivo com base na exploração dos recursos naturais existentes. Assim, costumava-se entender como algo benéfico e desejável que cada capitalista tomasse a decisão de dar vazão máxima a seus ímpetos exploratórios e a sua avidez por aumento de lucros.

No entanto, nos dias de hoje, já não deve persistir muitas dúvidas de que a busca desenfreada dos capitalistas pelo acúmulo de lucros está conduzindo nosso planeta no rumo de uma catástrofe de proporções inimagináveis que, no ritmo em que está avançando, não está muito longe de se consumar.

Como enfrentar um problema desta magnitude? Para os donos do capital, a resposta está, como sempre esteve, na ponta da língua: basta deixar o barco seguir adiante livremente que, no final, será o próprio mercado que dará a solução. Para eles, o mercado é a verdadeira força divina capaz de tudo, ou seja, deveríamos deixar tudo nas mãos do Deus Mercado.

E, deduzindo a partir dessa mesma perspectiva, esse Deus Mercado também parece ter seu povo escolhido, o qual está composto pelos possuidores de capital. Então, ao deixar tudo por conta de sua divindade máxima, nossos capitalistas confiam em que encontrarão sua salvação, e poderão gozar de sua merecida vida eterna, locupletando-se com seus benditos lucros.

Contudo, para a imensa maioria que compõe o restante da humanidade, a solução preferida pelos donos do capital representa a eternização de sua desgraça, ou seu próprio extermínio. Por isso, para todos os que não fazem parte do reduzidíssimo e seleto grupo do “povo escolhido”, a saída deve estar apontando em outro sentido, muito diferente daquele da predileção dos discípulos do capital.

Na verdade, o único caminho a trilhar por todos os que aspiram a elevar constantemente suas condições de vida, sem destruir o meio ambiente em que temos de viver, é o que conduz ao socialismo. E ao dizer socialismo, não pretendemos dar a entender que queremos condenar a humanidade ao atraso. Pelo contrário, tão somente por meio do socialismo será possível sonhar com uma constante melhoria de nosso padrão de vida, com a preservação das fontes necessárias para sua viabilização.

Só uma sociedade que não se estrutura em função da ganância pessoal egoísta típica do capitalismo, e sim numa visão de planejamento global e coletivo, é capaz de explorar os recursos naturais de modo coerente e racional, sabendo priorizar o que deve ser priorizado em termos das necessidades e potenciais do conjunto da população. E a única alternativa que torna viável uma abordagem das relações sociais dentro de tal filosofia é o socialismo.

Conforme nos ensina a experiência chinesa atual, a eliminação completa da atividade empresarial privada não chega a ser uma exigência indispensável neste período de construção das bases de sustentação de um regime socialista. O que, sim, é imperativo é que as linhas diretrizes do funcionamento da economia e da vida social em seu conjunto não sejam determinadas pelos capitalistas e para atender seus interesses de classe, e sim pela totalidade da sociedade, organizada de acordo com uma verdadeira democracia de caráter popular.

Por isso, minha convicção vem se confirmando a cada dia. Não tenho nenhum motivo para vacilar em relação a esta questão: na atualidade, o socialismo se faz ainda mais necessário do que nunca!

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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