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Marcelo Uchôa

Advogado e professor de Direito

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Ceará da memória e da verdade

"Muito vem sendo feito, porém, mais há a fazer-se", avalia Marcelo Uchôa

(Foto: Foto: Projetemos/Instagram)

Há muito, movimentos sociais reivindicam postura mais incisiva do poder público cearense na política de memória, verdade e justiça. Essa lacuna vem sendo preenchida após os criminosos eventos de 8 de janeiro de 2023. Em agosto daquele ano, o governador Elmano de Freitas (PT) anunciou que o Mausoléu do odioso Castelo Branco daria lugar a um espaço voltado à liberdade. Em dezembro do ano seguinte, a UFC, por iniciativa do Reitor Custódio Almeida, inaugurou espaço cultural em homenagem ao ex-estudante e guerrilheiro no Araguaia, Bergson Gurjão, expondo a luta eterna do movimento estudantil em prol da democracia. Também com este ar contestador, o Museu da Imagem e do Som, da secretaria estadual da cultura, iniciou a exibição, em dezembro de 2024, da mostra Vermelho Vivo.

Em janeiro de 2025, menos de um mês à frente da prefeitura, o prefeito Evandro Leitão (PT) tombou a casa de Frei Tito, mártir na luta contra o período militar, para servir de centro de memória, projeto subsidiado por emendas parlamentares da deputada federal Luizianne Lins (PT), deputado estadual Renato Roseno (PSOL) e vereador Evaldo Lima (PCdoB), No meio tempo, a OAB-CE, que já mantinha o auditório Wanda Sidou em homenagem à célebre defensora de presos políticos, criou uma Comissão da Memória, Verdade, Justiça e Defesa da Democracia para dialogar com a categoria e a sociedade. Na Câmara Municipal, a vereadora Adriana Almeida (PT) propôs a inclusão do livro Ainda Estou Aqui, de Marcelo Rubens Paiva, no acervo da educação fortalezense.

Muito vem sendo feito, porém, mais há a fazer-se. A Lei estadual 16.832/19, do deputado Renato Roseno (PSOL), que proíbe logradouros com nome de pessoas citadas no relatório final da Comissão da Verdade precisa ser cumprida; os equipamentos prometidos devem funcionar quanto antes; a Comissão estadual de Anistia Wanda Sidou merece mais e estatal não só para dar conta de suas funções, mas para ampliá-las. A tarefa em prol da verdade histórica é tão árdua quanto imprescindível para evitar deslizes e retrocessos. Felizmente, estamos no caminho certo.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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