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Tiago Barbosa

Jornalista, pós-graduado em História e Jornalismo, com agem por jornais de Pernambuco

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Apologia ao crime é fazer prisões racistas para manter impune branco e rico infrator da lei

Ao prender o MC negro de origem pobre e de forma humilhante, a polícia não combate o crime. Infla racismos - de novo

MC Poze do Rodo (Foto: Reprodução (YT/SBT))

Se a polícia quisesse coibir o crime, prenderia o cantor branco em cuja fazenda havia trabalho escravo - esse foi parar na TV.

Se a polícia quisesse coibir o crime, algemaria o cantor branco associado a esquema das bets - esse voa com autoridades.

Se a polícia quisesse inibir o crime, prenderia o cantor branco de shows milionários no interior - esse é amigo da elite.

Ao prender o MC negro de origem pobre e de forma humilhante, sem camisa, descalço, algemado, a polícia não combate o crime.

Infla racismos - de novo.

Insufla preconceito social e cultural contra alvos de sempre para ocultar e normalizar crimes de quem tem aval para delinquir.

Reforça o estigma contra um ritmo musical associado ao crime por ser feito na favela e por pretos.

Renova a desumanização de um povo submetido por séculos a escravidão e discriminação.

Oculta quem, de fato, trafica em helicópteros, aviões e mansões para manter vivo a rota do vício.

E legitima a polícia enquanto aparato de violência para aprofundar o apartheid social, étnico e econômico do país.

Apologia, de fato, é fazer da pele ou da origem a chave para prisão ou liberdade.

O crime está aí.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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