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André Barroso

Artista plástico da escola de Belas Artes da UFRJ com curso de pós-graduação em Educação e patrimônio cultural e artístico pela UNB. Trabalhou nos jornais O Fluminense, Diário da tarde (MG), Jornal do Sol (BA), O Dia, Jornal do Brasil, Extra e Diário Lance; além do semanário pasquim e colaboração com a Folha de São Paulo e Correio Braziliense. 18h50 pronto

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Apagão no dos outros é refresco

O debate sobre a dependência tecnológica deve avançar ao mesmo tempo que deve se aprender que energia é área de soberania

Apagão na Europa (Foto: REUTERS/Susana Vera)

O apagão que deixou Portugal e Espanha às escuras, nos leva à reflexão não só da nossa dependência direta às tecnologias como da nossa fragilidade sem o mínimo da energia elétrica. Alguns defendem agora que todos possam ter lanternas e rádios à pilha. Isso me lembra do grande apagão da década de 90. Eu, um jovem aventureiro, estava viajando do Rio de Janeiro para Porto Seguro quando uma pane deixou metade do país às escuras. Lembro do desespero nas ruas enquanto estava em uma parada em Teixeira de Freitas. Tinha sido o maior apagão da história do Brasil. Uma pane em uma central interligada a todo país criou um problema em cascata. Foi uma sensação estranha que afetou  a rotina de todos naquele tempo, e lembrando que não havia as grandes tecnologias dos dias atuais.

Os europeus experimentaram a mesma sensação neste momento, mostrando mais fragilidades da sociedade e debates sobre como devemos conviver também com as questões analógicas. Ainda não se sabe sobre as causas, se foi algum erro humano, acidente ou até um ataque terrorista, mas as teorias da conspiração já estão a toda falando sobre testes com armas com pulsos eletromagnéticos. Afinal, os grandes efeitos drásticos para as grandes cidades não seriam com ataques a bombas atômicas, mas sim com efeitos caóticos através de terrorismo cibernéticos. No filme Duro de Matar 4.0, é explorada a possibilidade de um grande hacker ter o a todos os sistemas que compõe uma cidade, desde gás até controle sobre pilotos da aeronáutica americana. O ator Justin Long, que faz o papel de Matthew Ferrell, é um hacker que consegue com seu conhecimento travar uma guerra por computadores com o gênio do mal Thomas Gabriel. Ele controla ruas, prédios, ou seja, toda a infraestrutura de uma cidade. Essa é a guerra do futuro.

No caso do filme, John MacLane, já considerado velho, mas durão, se alia a um jovem conhecedor das tecnologias para enfrentar o que ele desconhece. Muitos dizem que uma nova geração está chegando rapidamente a essas esferas de poder, que sem ainda estarem prontos psicologicamente, estão ajudando a entregar um mundo de mais caos. A partida de um humanista e pacifista como Francisco no poder papal, pode dar chance de entrada de um poder mais conservador, ou quiçá apoiador do extremismo.  Se Alvin Toffler falou que estamos vivendo a terceira onda, Peter Brabeck-Letmathe, chefe do Fórum Econômico Global Mundial, diz que quer reprogramar o planeta. 

Brabeck, o mesmo que disse que a água não é um direito humano, já afirmou que se não tivermos falta de luz por três dias nas grandes cidades, se instalará o caos e guerra urbana. Fora do âmbito das conspirações, as falhas podem ter acontecido, mais uma vez, pelo agravamento das condições de temperatura da Terra. As tragédias com chuvas, secas, entre outras, pode ter causado o apagão. Oscilação atmosférica, com temperaturas muito altas e noites muito frias, provoca problemas nos cabos de alta tensão, com partículas se ionizando em contato com o ar e entram em vibração com o cabo. Por incrível que pareça, e com a expertise dos problemas que já vivemos em um ado não muito distante, temos os amortecedores de vibração Vortx, que atenuam as vibrações eólicas. A Europa não possui essa proteção. 

Enquanto alguns solidários, querendo preservar Pernambuco em pé, fazendo uma grande ligação elétrica, chamada de Linhão de Tucurí, do Nordeste brasileiro até a Guiana Brasileira, outros querem lançar um plano como Luz para todos. De qualquer forma, o debate sobre a dependência tecnológica deve avançar ao mesmo tempo que deve se aprender que energia é área de soberania sim. E ponto final. 

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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