Colômbia reage a atentado contra senador Miguel Uribe e oferece US$ 700 mil por envolvidos em ataque a tiros
Senador e pré-candidato à presidência, Miguel Uribe Turbay foi baleado na cabeça durante um comício em Bogotá e segue internado em estado gravíssimo
247 - O senador colombiano Miguel Uribe Turbay, pré-candidato à presidência do país, baleado durante um comício em Bogotá na noite de sábado (7), segue internado em estado gravíssimo. De acordo com o g1, o boletim médico divulgado pelo hospital Fundación Santa Fé, onde ele foi operado na madrugada de domingo, Uribe foi atingido por disparos na cabeça e no joelho, chegando ao hospital em "estado crítico". Ele ou por um procedimento neurocirúrgico e outro vascular periférico. “Foi operado na cabeça e na coxa esquerda, e levado à UTI”, informou o hospital.
A esposa do senador, María Claudia Tarazona, relatou que a primeira cirurgia “correu bem”, mas alertou para a gravidade da situação: “Cada hora é uma hora crítica. Ele travou sua primeira batalha e correu bem. Isso vai levar tempo”.
O atentado ocorreu em um parque no bairro Fontibón, durante atividade de campanha. De acordo com o partido Centro Democrático, sigla à qual Uribe é filiado, “homens armados atiraram pelas costas” do político. A Procuradoria-Geral da Colômbia, responsável pelas investigações, afirmou que Uribe foi atingido por dois tiros e que outras duas pessoas também ficaram feridas no ataque.
Um adolescente de 15 anos foi apreendido no local com uma arma de fogo e é apontado como o principal suspeito de ter efetuado os disparos.
A comoção provocada pelo atentado levou apoiadores do senador às ruas da capital colombiana em manifestações de solidariedade. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, determinou a abertura de uma investigação e repudiou o crime.
A condenação também veio por meio de comunicado oficial do governo. “O Governo Nacional condena de forma categórica e veemente o ataque que recentemente visou o Senador Miguel Uribe Turbay. Este ato de violência constitui um atentado não apenas à integridade pessoal do senador, mas também à democracia, à liberdade de pensamento e ao exercício legítimo da política na Colômbia”, diz o texto
O ministro da Defesa, Pedro Sánchez, classificou o ataque como “inaceitável” e anunciou uma recompensa de cerca de US$ 700 mil por informações que ajudem a identificar e capturar todos os responsáveis.
O atentado repercutiu fora da Colômbia. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil, por meio de nota oficial, repudiou “qualquer forma de violência” e se solidarizou com o povo colombiano. “O governo brasileiro condena firmemente o ataque contra o senador Miguel Uribe Turbay, em Bogotá (...). O Brasil saúda a pronta detenção do suspeito pelas autoridades colombianas e confia na plena apuração do caso”, declarou o Itamaraty.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, também se manifestou: “Os Estados Unidos condenam nos termos mais fortes possíveis a tentativa de assassinato do senador colombiano Miguel Uribe”.
O atentado contra Uribe revive memórias dolorosas da história política colombiana. Nos últimos 50 anos, três candidatos à presidência foram assassinados: Luiz Carlos Galán, em 1989; Bernardo Jaramillo Ossa e Carlos Pizarro Leongómez, ambos em 1990. Álvaro Uribe, ex-presidente e avô de Miguel Uribe, também foi alvo de tentativas de assassinato durante sua trajetória política. Miguel Uribe é neto do ex-presidente Julio César Turbay Ayala e filho da jornalista Diana Turbay, sequestrada e morta pelo Cartel de Medellín.
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